ZONA DE CONFORTO?
Os políticos, os economistas, os spin doctors dessas novas formas de viver, de trabalhar, de pensar, de agir estão sempre a convidar-nos a sair da nossa zona de conforto. Por oposição, existe assim uma zona de desconforto, é isso? A primeira é-nos supostamente demasiado favorável, acomoda, amodorra, adormece, alegam. A segunda, por baptizar, é a que merece primazia, porque nos obriga a sair do sítio, nos obriga a mexer, nos faz supostamente crescer, avançar, evoluir. Ninguém nomeia essa zona de desconforto, e assim não se sabe bem o que é e onde fica. É para aqui, é para ali? Ah pois, é também suposto cada um procurar por si próprio essa tal zona. Assim, sem nome nem nada, a única alternativa que nos propõem ou avistamos é afinal outro tabuleiro com o mesmo jogo. Mais do mesmo? ‘Faites vos jeux! Faites vos jeux!’, instam-nos a jogar, parar não, que a máquina não suporta isso, que emperra. E a máquina não pode emperrar! Sim, mas jogar, outra vez, com as mesmas regras um jogo igual? Para